quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Em Cartaz - Boi, com o Grupo SerTão Teatro Infinito

O espetáculo "Boi" entra em Temporada no Teatro de Bolso Cici Pinheiro da Casa das Artes entre os dias 29/09 e 02/10 (Quarta à Sábado), às 21h.O monólogo foi escrito especialmente para o ator Guido Campos Correa, pelo dramaturgo Miguel Jorge e foi realizado por meio da Lei Municipal de Incentivo a Cultura.

Trata-se da estória de Zé Argemiro, que, entre suas brincadeiras de menino da roça, tem como favorita a de montar na garupa do boi Dourado. Diferentemente da vida normal que levam os outros meninos da sua idade, Argemiro prefere a companhia dos bois, com os quais passa horas conversando, mergulhando, inclusive, em sentimentos de profunda dor e tristeza, quando algum deles morre.

Tal particularidade começa a preocupar sua mãe, Maria, e, assim que ele cresce, ela trata logo de arranjar-lhe um casamento. Zé Argemiro, contudo, só pensa em tomar banho de rio com o boi Dourado, coçar seu couro e acolher em seu colo a cabeça daquele que passou a ser, há muito tempo, seu melhor amigo. Cedendo aos apelos de sua mãe, Argemiro decide casar-se com Das Dores. Entretanto, pouco tempo depois do casamento, Das Dores põe-se a reclamar de que o boi Dourado recebe mais carinho e atenção que ela. Tal situação agrava-se cada vez mais, até que, enciumada e cheia de ódio, Das Dores ameaça matar o boi Dourado. Sua decisão afeta profundamente Argemiro, desencadeando nele inesperada reação.

A trama parte de uma bucólica situação inicial, para aprofundar-se na relação de amizade entre Zé Argemiro e o boi Dourado, a qual retoma o carinho que Zé do Burro alimenta por seu burro, na peça "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes, e chega a situações tensas e críticas, que culminam com uma certa visão kafkaniana dos acontecimentos.

Guido é um ator visceral, que atua há mais de 20 anos e já foi dirigido, entre outros, por nomes como Antunes Filho, Amir Haddad, Luis Fernando Carvalho, Jorge Fernando, Wolf Maya, Hamilton Vaz Pereira, Regina Miranda e Henrique Rodovalho. Participou, também, das novelas "O Rei do Gado", de Bendito Ruy Barbosa, e "Que Rei Sou Eu?", de Cassiano Gabus Mendes, e dos longas "Carandiru", de Hector Babenco, "O Tronco", de João Batista de Andrade, "Outras Histórias", de Pedro Bial, e "Terra de Deus", de Iberê Cavalcanti.

Seu espetáculo "A Terceira Margem do Rio", baseado no conto homônimo de Guimarães Rosa e dirigido por Henrique Rodovalho, foi premiado e aplaudido em várias cidades brasileiras, bem como em Portugal, Itália e Costa Rica. A peça foi, inclusive, eleita em 2007, pela revista Bravo!, como um dos 100 melhores espetáculos brasileiros nos últimos oito anos.

Para dirigir "Boi", Guido convidou o uruguaio Hugo Rodas, que, além de dirigir peças e ministrar oficinas por todo o Brasil, também é professor de Teatro na Universidade de Brasília. Hugo Rodas reside na Capital desde 1975 e foi descrito como um "gênio" pela atriz Denise Stoklos.

Em Goiânia já dirigiu, entre outras, a peça "Édipo", da Cia. Benedita de Teatro, que foi a grande vencedora do I Festival Nacional de Teatro de Goiânia e contou com a presença do próprio Hugo no debate que se seguiu à apresentação. Um pouco de sua trajetória foi registrada na dissertação "O Garoto de Juan Lacaze: Invenção no Teatro de Hugo Rodas", desenvolvida no programa de pós-graduação em Arte da UnB por Claudia Moreira de Souza.


Ficha Técnica:
Texto Original: Miguel Jorge
Direção/Concepção/ Adaptação: Hugo Rodas
Atuação: Guido Campos Correa
Cenário/Iluminação/ Figurino/Trabalho Corporal: Hugo Rodas
Trilha Sonora Original: Victor Pimenta
Fotografia: Layza Vasconcelos
Adereço cabeça boi: Marcos Lotufo e Edith Lotufo
Mascarado: Maria Aparecida (Pirenópolis).
Programação Visual: Marcos Lotufo
Cenotécnico: Jeová de Lucena
Produção Geral: Guido Campos Correa
Realização: SerTão Teatro Infinito Cia.

Serviço:
"BOI" - Espetáculo Solo
Data: 29/09 a 02/10 (Quarta à Sábado)
Horário: 21 horas
Ingresso: 20 reais (inteira) e 10 reais (meia)
Local: Teatro de Bolso Cici Pinheiro (Casa das Artes)

Fones: 3524.2421 / 3251.2422

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Em Cartaz - A História é um Istória


"Mas o que é o homem que ainda não conseguiram definí-lo? Os livros de história ensinam que é um animal. Os cineastas que é um artista. Os jornais demonstram que é um jornalista. Os médicos diagnosticam: é um doente. Os totalitários proclamam que é um autômato. Para o outro homem ele é, quase sempre, um inimigo" Millôr Fernnades

A história é uma istória trata de derrubar os mitos, questionar os ídolos, ridicularizar os grandes feitos da humanidade, contando-os pela ótica dos excluidos, explorados e derrotados. Millôr Fernandes faz isso de maneira sarcastica e ácida mantendo sempre o bom e velho humor instigante e inteligente.

O Grupo de Teatro Bastet alia seu humor ao de Millôr para construir um espetáculo questionador e atual. Provocando a platéia a refletir sobre seu tempo.


Serviço:

Peça: A História é uma Istória e o homem o único animal que ri
Texto: Millôr Fernandes
Direção: Lua Barreto
Com: Grupo de Teatro Bastet
Local: Teatro Cici Pinheiro (na Casa das Artes em frente ao Teatro Inacabado na Av. Anhanguera)
Dias: 18 e 19 de setembro
Hora: 21 horas no sábado e 20 horas no domingo
Ingresso: R$ 20,00 inteira
              R$ 10,00 meia entrada para estudantes, idosos e para quem apresentar o flyer
              R$ 8,00 adiantado (o ingresso adiantado pode ser adquirido na nossa sede - Rua 4,Nº 312 Centro)

Contato: 36090028
              81233760

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Notícias - Inauguração do Teatro de Bolso Cici Pinheiro



O Teatro de Bolso Cici Pinheiro é a mais nova opção de espaço cultural para apresentações em pequenos formatos de Goiânia. O local foi inaugurado na noite de quarta-feira no complexo Casa das Artes, dentro da 1ª Grande Revirada Cultural de Goiânia. Os homenageados da noite foram os atores Ivan Lima, Newton Murce e Guido Campos, que subiram ao palco em interpretações-solo.

Para Guido Campos (um dos homenageados), com o novo teatro não apenas a comunidade lucra com um espaço tão “lindo, elegante e confortável”. Ele ressalta o equipamento de som de primeira qualidade, poltronas e cortinas vermelhas, além dos banheiros em pleno funcionamento. “O Teatro de Bolso beneficia toda a classe artística, que também não precisa pagar taxa mínima ou aluguel caro. A taxa é apenas 10 % da plateia presente”, elogia.

O Teatro de Bolso Cici Pinheiro conta com 80 lugares e foi idealizado para sediar pequenas apresentações teatrais na cidade. Já estão agendados no novo espaço cultural apresentações como A História é Uma Istória, com o Grupo Bastet; Olho, com a Cia Oops!, e Sobre o Amor e Dois Patetas Espatifados, do Grupo Trupicão. Uma mostra de teatro infantil também está planejada para a Semana da Criança, em outubro.

Para Carlos Brandão, diretor do Teatro Goiânia Ouro e do Teatro de Bolso Cici Pinheiro, a inauguração do novo espaço deve mudar “o jeito de fazer teatro na cidade”. Agora, segundo ele, um grupo poderá fazer temporadas mensais com quatro ou cinco dias já que o teatro abriga um público pequeno. Ele acrescenta que até outubro a nova casa já está com a agenda lotada e que parte do Goiânia Em Cena também será realizado no Teatro de Bolso.

Homenagem

O novo teatro da cidade homenageia Cici Pinheiro, considerada um dos mais importantes nomes do teatro goiano. Natural de Orizona, ela nasceu em 1929 e morreu em 2002. Cici Pinheiro foi pioneira no teatro, no rádio e depois na TV. Seu talento foi herdado da mãe, Julieta de Resende Pinheiro, conhecida em Orizona como oradora e atriz de peças montadas na cidade.


Teatro de Bolso Cici Pinheiro – Casa das Artes
Local: Avenida Anhanguera, esquina com Rua R-1, Setor Oeste. Próximo ao Lago das Rosas